Elias Matarazzo

13/05/2020

Elias Matarazzo

Ter a oportunidade de conhecer diferentes culturas é incrível, não é mesmo? Mas, você já imaginou viajar o mundo fazendo o que mais gosta? Para Elias Matarazzo essas duas coisas se tornaram realidade. O jovem de 27 anos já conheceu 18 países atuando como cantor do teatro de um cruzeiro internacional. O artista já visitou Inglaterra, Suécia, Espanha, França, Itália e Cabo Verde, entre outros países.

“Trabalho em cruzeiro há três. É uma rotina intensa, mas gratificante. Me trouxe muito amadurecimento pessoal e profissional”, afirma Matarazzo, acrescentando que precisou aprimorar o conhecimento no idioma espanhol pelo fato de uma grande parte do público ser formada por pessoas da Espanha. “É um público muito exigente com a pronúncia, mas sempre fui bem recebido no palco. Cantamos músicas brasileiras também”, diz.

O profissional descreve que a ideia de atuar no cruzeiro surgiu do anseio em diversificar na carreira após sua participação no MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange), intercâmbio que possibilitou a vivência de seis meses no Malawi, em 2017. O MOVE é um programa realizado entre as organizações musicais integrantes da Jeunesses Musicales International, e promovido no Brasil pela Sustenidos Organização Social de Cultura, instituição gestora dos polos do Projeto Guri no interior, litoral paulista e Fundação CASA.

“Durante uma conversa com um supervisor de madeiras do Guri, ele me indiciou o contato do diretor musical de uma companhia marítima. Mandei meu material e fui selecionado”, relembra. Para Elias, o maior desafio foi morar no trabalho. “Ficamos no navio o tempo inteiro, convivendo com pessoas de diferentes culturas e é um processo intenso. A empresa nos oferece cursos culturais e de convivência para ajudar na adaptação, mas ainda é desafiador”, completa.

O cantor, atualmente, está trabalhando em algumas composições. Seu objetivo é lançar um EP, em breve. “Durante o intercâmbio no Malawi gravei um EP com cinco canções. Então, esse projeto que estou desenvolvendo não será o primeiro”, relata. “Eu amo cantar, mas não quero ficar famoso ou me tornar uma celebridade. Meu sonho é poder tocar pessoas com a minha música”, avalia.

Morador da cidade de Ribeirão Preto, interior paulista, Elias narra que começou a cantar aos 9 anos, na igreja, e domina o saxofone e a flauta. Mas, foi aos 14 anos, no Polo Jaboticabal, do Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, que começou a estudar música. “Foi no Guri que percebi que gostaria de levar a música de forma profissional. Por um tempo, atuei como educador de canto coral nos polos Pitangueiras e Sertãozinho, mas decidi que era o momento de seguir novos desafios”, explica.

O jovem músico integrou o coral da Unesp de Jaboticabal e, em paralelo, cantou em casamentos. “Comecei a participar de festivais, entre eles, Festival de Ourinhos e Fiato al Brasile, na Itália. E passei, ainda, pelo conservatório de Tatuí, onde estudei canto, MPB e jazz. Hoje, me sinto realizado com meu trabalho e orgulhoso em ver o caminho que trilhei até aqui”, detalha.

Se a música mudou a sua vida? Ela transformou completamente. “A música me trouxe reconhecimento como pessoa na sociedade. Me deu liberdade e independência financeira. É uma realização muito grande saber que vivo da minha arte. É uma sensação de satisfação de fazer algo único, que vem de dentro de você, da sua alma e que faço com naturalidade”, conclui.

Do Guri para o Mundo
A série Do Guri para o Mundo foi criada para retratar o caminho trilhando pelos Guris: quem são, onde estão e o que mudou na vida deles. São histórias inspiradoras que celebram os 25 anos do Projeto Guri e prestam homenagem aos mais de 810 mil ex-alunos beneficiados pelo programa e, consequentemente, pelo poder de transformação da música. A cada semana, a série destaca um personagem nas redes sociais do Projeto Guri e na Sustenidos – organização que administra o programa.

Projeto Guri www.projetoguri.org.br

Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Sustenidos: CTG Brasil; CCR AutoBAn; Instituto CCR; SulAmérica; VISA; Bayer; WestRock; Microsoft; Supermercados Tauste;  Banco Votorantim; VALGROUP;  Novelis; EMS; Capuani do Brasil; Faber-Castell; Pinheiro Neto; Santander; Raízen; BTP; Distribuidora Ikeda; Grupo Maringá; Instituto 3M; Supermercados Rondon; Frigol; Mercedes-Benz; Castelo Alimentos; ENEL; GRUPO GR; Cipatex; Grupo Herval e Pirelli.

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